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Igaporã: moradores se queixam da falta de água; SAAE diz que sistema está no limite.

Foto: SAAE

A diretora do SAAE conversou com a reportagem do Web Rádio Igaporã sobre as reclamações da população, sobre o abastecimento de água na sede e algumas localidades rurais.

Foto: SAAE

A população se queixa dos vários dias sem água na rede. As reclamações são feitas na zona e alguns bairros da cidade. A situação se agravou nos últimos meses e o SAAE divulgou uma nota de esclarecimento sobre o fato.

A diretora Mônica Rocha explicou que o sistema está funcionando no limite de sua capacidade, captando 100 mil litros por hora em doze poços artesianos, na Lagoa da Torta e na barragem do Salgado.

Mônica salientou que não é possível aumentar essa captação por dois motivos: a redução nos mananciais, devido a pouca quantidade de chuvas no período, e à própria estrutura e dimensão do sistema de captação, tratamento e distribuição de água.

A estação de tratamento, localizada ao lado da BR 430, na saída para Caetité, foi projetada para um número menor de residências a serem abastecidas. No entanto, somente no período entre 2019 e 2024, foram feitas mil novas ligações, com cerca de 3 mil pessoas consumindo.

O aumento no consumo sobrecarrega a estrutura do sistema. Para Mônica, somente com a conclusão da obra da Adutora da Fé, trazendo água do Rio São Francisco, Igaporã poderá melhorar o fornecimento de água potável.

Além do SAAE, a zona rural de Igaporã recebe água encanada do sistema administrado pela Secretaria de Agricultura. Esses consumidores também enfrentam a redução no volume de água captada nos poços artesianos.

O secretário Rogério Batista disse à nossa reportagem que está ficando difícil atender às comunidades rurais, pois os lençóis subterrâneos estão baixando rapidamente e não há previsão de chuvas para os próximos meses.

Para minimizar o impacto da redução na captação de água, o SAAE está realizando manobras para atender todas os setores da cidade e as comunidades rurais atendidas pela rede. Como resultado, alguns bairros ficam vários dias sem água. A situação tende a se agravar com o avanço do período de estiagem, quando deverá ocorrer uma redução maior nas fontes de captação.

Mônica lembra à comunidade que é preciso priorizar a utilização da água potável para o uso humano. Ela afirma que não há condição para que a água seja utilizada na criação de animais ou irrigação. Apesar dos apelos recebidos, o SAAE não possui condições para atender qualquer demanda que não seja fornecimento de água para o consumo da população.

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