Igaporã: “Se tivessem feito o atendimento certo desde o início, minha irmã não teria morrido.”
A igaporaense Josilene Maria, concedeu entrevista ao Sudoeste Bahia, em protesto contra a morte da irmã Jéssica Sabrina, de 22 anos, após atendimento médico que, segundo a opinião da família, ocorreu de forma errada e teria causado a morte da jovem.
Jéssica sofreu um acidente de moto, juntamente com a sua mãe (veja aqui), e foi encaminhada para o Hospital Geral de Guanambi. A jovem estava com suspeita de fratura em uma das pernas. Ela deu entrada no HGG no dia 29 de janeiro.
Segundo Josilene, a sua irmã ficou no corredor do hospital, onde foi submetida a dois raios-x, que não identificaram fratura no membro. A paciente foi liberada no mesmo dia, mesmo se queixando de dores e a perna apresentando forte inchaço. Foi necessário rasgar o short, pois a perna não coube na peça de roupa, disse a irmã.
Jéssica ficou em Guanambi, acolhida por familiares, mas retornou ao HGG no dia 31, pois as dores aumentaram. Ela foi conduzida por uma equipe do SAMU para o hospital. Segundo Josilene, os socorristas do SAMU "ficaram indignados", por terem liberado Jéssica do hospital, na situação em que se encontrava.
A equipe médica do HGG fez uma tumografia e detectou uma luxação, determinando a realização de uma cirurgia de urgência. De acordo com Josilene, essa providência deveria ter sido tomada desde o primeiro atendimento, para evitar o agravamento do caso.
A cirurgia foi realizada e terminou por volta das 3h do dia 1º de fevereiro. No entanto, Jéssica só deu entrada na UTI, às 14h do mesmo dia. Por volta das 15h30, Josilene conta que a família recebeu a notícia de seria necessário amputar a perna de Jéssica.
A intervenção cirúrgica foi realizada e a paciente retornou para a UTI, onde ficou até a madrugada do dia seguinte, quando morreu devido a complicações no quadro de saúde.
"Foi negligência, porque teriam que ter feito algo a mais. Não poderia ter liberado ela na situação que estava. A gente tem fotos da perna dela muito inchada. O médico deu atestado de três dias. Como a pessoa na situação que tava poderia voltar em três dias para o trabalho?", questiona Josilene.
Ela acrescenta que, em conversa pelo WhatsApp, Jéssica disse que a equipe médica informou que ela ficaria com a perna inchada por vários dias, devido a pancada sofrida no acidente de moto. "Ou seja, houve negligência médica, sim! Vamos acionar a justiça".
Assista ao vídeo com a entrevista completa (aqui).
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